Existe aquela velha discussão de até onde a tecnologia pode leva a humanidade: quais seus pontos positivos e negativos? Será que o homem será substituído pela máquina? Pois bem, na minha visão, o homem está sendo consumido pelo seu próprio invento, afinal foi ele mesmo quem criou a tecnologia, e agora não conseguimos ao menos saber o que fazer com isso, como usar isso.
De fato o uso de computadores e máquinas aceleram e facilitam a vida de muita gente, de grandes corporações, enfim, é uma GRANDE “mão na roda”. Porém, como saber o limite dessa ajudinha extra? Na hora de estudar, por exemplo, até que ponto podemos confiar no que estamos lendo? A realidade é que atualmente ninguém se importa com isso. Quando algo que estamos pensando ou realizando pede uma pesquisa, pensamos imediatamente na “máquina da sabedoria”, o computador e seu Universo infinito de informações, a Internet.
Já me perguntei como seria fazer uma pesquisa em uma biblioteca sobre um assunto qualquer. Bem, a idéia pode parecer absurda para alguns, mas para muitos não há outra forma de se realizar uma pesquisa precisa e confiável. No entanto, para os que acham um absurdo, essa tarefa pode ser impossível. Eu mesma não consigo me imaginar passando horas e horas buscando diversos livros, lendo-os quase que por completo para achar uma única informação; mal sabia, há pouco tempo atrás, como achar um determinado livro na biblioteca. Vergonhoso? Sim, mas é vergonhosamente comum na nossa sociedade atual.
Dessa forma eliminamos a possibilidade de adquirir mais conhecimento para irmos direto à informação que buscamos, e acabamos sendo engulidos por essa imensidão de imagens e letras que a Internet nos traz. Muito além disso, preciso dizer que a Internet emburrece. Sim, eu me sinto burra depois de passar horas na frente de uma tela de computador fazendo NADA. Talvez essa grande tecnologia que ajuda tanto em certos momentos pode ser vista como mais uma droga destruidora de neurônios e, claro, viciante.
Não há nada mais patético do que chegar em casa depois de um dia de trabalho ou estudo e primeiramente, não tomar um banho, nem descansar, sentar no sofá, comer, nada disso, mas sim, ligar o computador. Digo que é patético hipócritamente, pois já fiz isso inúmeras vezes, e devo fazer ainda que eventualmente. O que podemos tirar disso? Não estamos ligando o computador para nos informar. O mesmo acontece com a televisão. Ao chegar em casa, poucos querem ligar a TV e ver um jornal. Não, queremos entretenimento. E o que há de mau nisso? Bem, digo que não há nada de mau em buscar diversão depois de um dia difícil, porém, o lado péssimo mesmo é que fomos convencidos e estamos condenados a achar que não há mais possibilidade de viver sem essas máquinas dentro de sua casa, e, bem, diversões a parte, nada de muito bom pode acontecer quando toda uma sociedade pensa que a Internet é essencial e simplesmente esquece como é procurar um livro na biblioteca.
Sinto-me burra por estar há tantas horas na frente dessa tela cheia de links que me leva para diversas inutilidades. Porém, não vejo como ficar sem isso por muito tempo. Isso sim é o caminho que a humanidade está construindo; não a substituição do homem pela máquina, mas a submissão do homem à máquina.
Essa é a minha reflexão. Submissa.
Qual é a sua?!